As ações de 2 empresas para impulsionar a transição energética no Brasil
O presidente da W-Energy e o diretor de soluções climáticas naturais e bioenergia da Mercuria no Brasil falaram durante o Brazil Economic Forum
Durante o Brazil Economic Forum Zurich 2025, o presidente da W-Energy, Wagner Carvalho, e Celso Fiori, diretor de soluções climáticas naturais e bioenergia da Mercuria no Brasil, apresentaram algumas das iniciativas de sustentabilidade que têm impulsionado o Brasil no protagonismo em transição energética entre os países emergentes e citaram alguns dos desafios presentes nesta trajetória.
“O Brasil tem a maior reserva hídrica do planeta, tem energia de fontes renováveis, mas também está entre as energias mais cara do mundo. Isso precisa ser melhorado para competitividade das nossas empresas”, disse o presidente da W-Energy, Wagner Carvalho, citando que nos últimos anos, o Brasil posiciona sua energia entre a quarta e quinta posição no ranking de energias mais custosas do planeta.
O executivo também citou o impacto ambiental do consumo de proteína animal. ” Com 8 bilhões de pessoas, a manutenção da vida na Terra fica cada vez mais difícil com o consumo de proteína animal”, disse Carvalho, que lembrou que nesse contexto e como dono de 11% da água doce do planeta, o Brasil precisa ainda mais importância à preservação de seus recursos hídricos.
Com a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, e a elevação de 1,5 grau Celsius no planeta já sendo uma realidade antes do que se esperava, é preciso agir, mais do que se falar o que é preciso fazer. “Precisamos fazer algo na prática, principalmente em ano de COP30, o planeta inteiro espera isso da gente”, disse.
Durante sua apresentação, o executivo mostrou algumas de suas ações no que chamou de “campo de batalha” da sustentabilidade, no sentido de levar tecnologia limpa a regiões mais remotas para proteger e fortalecer os povos indígenas. Ele mostrou exemplos de instalação de kit gerador de energia solar para Starlink, serviço de banda larga de internet do bilionário Elon Musk.
“Precisamos regenerar, fortalecer os povos indígenas. Venho me dedicando a municiar os povos originários com tecnologias boas. É triste quando você visita uma aldeia e vê que não tem energia, não tem água potável”, disse.
Celso Fiori, diretor de soluções climáticas naturais e bioenergia da Mercuria no Brasil, também falou de algumas das ações da empresa, que é uma das maiores traders de commodities energéticas do mundo, com sede em Genebra na Suíça e teve faturamento de 176 bilhões de dólares em 2024.
Inicialmente focada em petróleo, a empresa passou por uma transformação nos últimos anos, com grandes investimentos em energias de baixo carbono. “A empresa tem ativos de 35 bilhões de dólares e tem em seu portfólio, além de óleo e gás, energia eólica, solar, biogás e etanol”, afirmou,
Segundo ele a diversificação a atuação é parte do compromisso que a Mercuria fez há quatro anos de destinar metade de todo novo investimento à transição energética. “No terceiro ano, a empresa já cumpriu seu objetivo e investe 500 milhões de dólares por ano em ativos relacionados à transição energética”, afirmou.
Há 4 anos Mercuria fez um compromisso de investir pelo menos 50% de todo novo investimento em transição energética, é hoje no terceiro ano já cumpriu seu objetivo, investe 500 milhões de dólares por ano em ativos relacionados à transição enérgica.