Atendimentos voltados à saúde mental crescem e atraem investimento privado
No lado da rede pública, houve redução de leitos psiquiátricos públicos a partir de 2001
![Depressão: Doença pode afetar não somente a saúde mental, mas também prejudicar a cardíaca](https://beta-develop.veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/05/medo-ansiedade-stress-cansaco-mulher-20121012-original10.jpeg?quality=90&strip=info&w=620&h=349&crop=1)
Um levantamento da consultoria Alvarez & Marsal aponta um crescimento anual de 12 a 15% nos últimos quatro anos em atendimentos de saúde no Brasil devido a transtornos mentais. Terceira principal causa de doença no país, após as doenças cardiovasculares e as oncológicas, e que tende a crescer ainda mais no futuro devido ao envelhecimento da população.
No lado da rede pública, houve redução de leitos psiquiátricos públicos a partir de 2001, quando foi promulgada a reforma psiquiátrica visando a desospitalização, a priorização de tratamentos via Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e a redução de internações psiquiátricas desnecessárias.
De acordo com levantamento da consultoria, em 2018, o Sistema Único de Saúde (SUS) respondia por 27.200 dos leitos psiquiátricos no Brasil, o equivalente a 63,3%. Em 2023, caiu para 23.600 — ou 54,3% —, sendo os outros 45,7% geridos pela iniciativa privada que criou, neste intervalo de seis anos, mais 3.500 leitos. Já as projeções de mercado de 2022 para 2030 sinalizam estimativa de crescimento de 11% nas consultas psiquiátricas ambulatoriais oferecidas por operadoras de saúde.