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Atraso da Janssen mexe com a bolsa e mostra que vacina é o fator relevante

VEJA Mercado: Ibovespa chegou a ultrapassar barreira dos 131 mil pontos pela manhã, mas recuou quase mil pontos à tarde por anúncio de atraso da vacina

Por Diego Gimenes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 jun 2021, 18h16 - Publicado em 14 jun 2021, 17h48
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  • VEJA Mercado fechamento, 14 de junho.

    Vacina, vacina e vacina. Ainda que alguns indicadores econômicos pareçam mostrar que a economia voltará a crescer, o ritmo da vacina ainda tem sido determinante no comportamento dos investidores na bolsa de valores. Pela manhã, o Ibovespa chegou a bater a máxima de 131.083 pontos pela antecipação da imunização no estado de São Paulo e pela divulgação de fatos relevantes de empresas vistos como positivos pelo mercado. Mas a animação ganhou um tom de cautela a partir de 13h, quando foi anunciado que a Janssen atrasaria o envio de três milhões de doses da sua vacina contra a Covid-19. “A alta foi contida à tarde. O lado negativo foi marcado pelo adiamento da Janssen. No exato momento do anúncio, o mercado começou a cair. Os investidores ficaram mais cautelosos”, diz Ubirajara Silva, gestor da Galapagos Capital.

    No balanço do dia, o índice fechou com 130.207 pontos, ainda assim em alta, de 0,59%.

    A divulgação de que a Petrobras vai vender toda a fatia que ainda possui na BR Distribuidora (37,5%) foi vista com bons olhos pelo mercado, que passou a enxergar mais independência na companhia. “É natural que tenha queda no preço da ação no curto prazo pela negociação de um volume grande do mercado, mas a longo prazo é uma sinalização fantástica da BR Distribuidora”, analisa Alexandre Brito, sócio da Finacap Investimentos. “É um titulo que passa a ser interessante também para o estrangeiro, pois o setor de óleo e gás é conhecido pelos bons dividendos. Bom para os dois lados”. Os papéis da BR Distribuidora subiram 1,44%.

    No lado das baixas, a maior do dia foi a da Gerdau, que caiu 2,5%. O movimento, contudo, é visto pelos analistas como uma correção dos preços, em vista que a companhia tem se beneficiado pela alta nos preços do aço e pelo balanço positivo do primeiro trimestre. No ano, os papéis da Gerdau acumulam valorização de 34,35%. Quem subiu, mas ainda está mal, é a Cogna, que registrou expressiva alta de 9,45%, ainda que no ano a desvalorização das ações atinja 25,19%. O setor de educação ainda não conseguiu acelerar na retomada econômica, já que o retorno às aulas presencias caminha lentamente no país, mas a alta de hoje se justifica pela antecipação da vacinação dos adultos de São Paulo.

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