Bahema aposta as fichas em modelo de aluguel de escolas
O grupo educacional anunciou acordo com a Ânima e projeta avanço da Escola Mais, um modelo mais acessível em tempos de crise
O setor de educação começa a encontrar modelos de negócios alternativos para obter uma retomada mais agressiva no pós-pandemia. O grupo Bahema anunciou um acordo com a Ânima em que promete alugar ao menos cinco campis ociosos da companhia até 2025 para investir, sobretudo, nas chamadas Escola Mais, com enfoque no ensino integral e acessível para o segmento de média/baixa renda. “A localização desses espaços são interessantes para o público da Escola Mais. Devemos abrir mais seis unidades até ano que vem e já iniciar 2022 com cerca de 5 mil alunos matriculados”, diz Guilherme Affonso Ferreira Filho, diretor de Relações com Investidores da Bahema.
Ao alugar as escolas, a ideia é utilizar a estrutura pronta dos prédios e, assim, diminuir os gastos com reformas. Algumas destas áreas alugadas serão compartilhadas com alunos da Ânima, mas o objetivo é tornar os lugares exclusivos para a Bahema. O acordo pode agregar um valor de 5 milhões de reais à Ânima.
O contrato ainda contempla a compra de três escolas da Ânima pela Bahema em Santa Catarina por 30 milhões de reais. Duas delas vão fortalecer a rede de escolas internacionais do grupo, e a terceira se integrará ao modelo Escola Mais. O dinheiro para o investimento veio da emissão de 115 milhões de reais em debêntures feita pela companhia em abril, e outras aquisições devem ser feitas nos próximos meses.