O Ibovespa, principal índice do mercado financeiro, encerrou o pregão desta quinta-feira, 14, com a maior pontuação para um fechamento da história. O índice estava em 130.842 pontos no momento do fechamento, acima dos 130.776 pontos registrados no dia 7 de junho de 2021, o agora antigo recorde da bolsa brasileira. No acumulado desta quinta-feira, a variação positiva do índice foi de 1,06% — contribuindo para uma alta robusta de cerca de 18% nos últimos 45 dias. Entre as 86 ações que compõem o Ibovespa, 59 ficaram em alta no último pregão.
As sinalizações do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, de que o ciclo de alta da taxa de juros dos Estados Unidos foi encerrado e, mais recentemente, de que o ciclo de baixa deve começar antes do que se esperava, são os principais acontecimentos que explicam a euforia dos mercados pelo mundo — inclusive o brasileiro.
O fechamento histórico do Ibovespa ocorre no dia seguinte à “superquarta” dos juros, quando tanto o Fed quanto o Banco Central (BC) brasileiro decidem sobre os juros de seus respectivos países. Nos EUA, a taxa foi mantida no intervalo entre 5,25% e 5,5%. No Brasil, onde o ciclo de cortes já é realidade há alguns meses, o BC deliberou por mais um corte de 0,5 ponto percentual na taxa Selic, reduzindo-a para 11,75% ao ano. A diminuição dos juros, em geral, joga contra a atratividade de investimentos em renda fixa, beneficiando o mercado de ações.
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