Citi fecha as portas de sua divisão de varejo na Rússia
Risco trazido pela guerra e sanções estimulam gigante do setor bancário abandonar o negócio em terras russas
O gigante Citigroup vai dar fim às suas atividades de varejo na Rússia a partir deste semestre. Para tanto, é estimado um custo de 170 milhões de dólares, ou 870 milhões de reais, ao longo do próximo um ano e meio. A decisão do grupo financeiro foi anunciada nesta quinta-feira, 25, por meio de um comunicado. O movimento do banco de desprendimento do mercado russo foi iniciado já há mais de um ano, em 2021, mas foi intensificado pelo conflito do país com a Ucrânia e as sanções que o sucederam.
Diretor executivo de franquias da instituição, Titi Cole afirmou que outras possibilidades foram consideradas, desembocando no fim da divisão. “Exploramos várias estratégias para vender esses negócios nos últimos meses, mas está claro que o caminho de retirada faz mais sentido, considerando os múltiplos complicadores do cenário”, disse.
Ao final do segundo trimestre deste ano, o Citigroup divulgou que sua exposição na Rússia era de 8,4 bilhões de dólares, 1,4 bilhão a menos que seis meses antes. Com a saída da divisão, cerca de 2.300 funcionários do banco no país serão impactados. Os papéis do grupo eram negociados em alta de 2% na bolsa de Nova York, às 17h.
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