Com acordo por auxílio, Guedes, Lira e Pacheco renovam votos de confiança
Ministro e os presidentes do Senado e da Câmara selaram estratégia para estabelecer a volta do benefício

Não estava na agenda do ministro Paulo Guedes o almoço na casa do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), na tarde desta sexta-feira, 12. Assim que foi chamado para discutir a modelagem do novo Auxílio Emergencial, Guedes se prontificou a ir. Durante a conversa, explicou porque é tão importante haver a contrapartida fiscal e ouviu a promessa, tanto de Pacheco, quanto de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, de que ambos vão se esforçar para impedir que o fiscal descarrile.
No almoço, os três renovaram os votos de confiança um nos outros. Todos sabem que qualquer um poderá passar a perna no outro, e que se fizer isso receberá o troco logo adiante. Decidiram fazer a declaração conjunta, reforçando o que Jair Bolsonaro havia dito na quinta-feira, 12. O pagamento do benefício voltará a ser feito a partir de março e vai durar até junho. Como contrapartida, vão inserir a cláusula de calamidade — que flexibiliza algumas regras fiscais, como a regra de ouro e a do teto de gastos, mas que congela gastos fixos — na PEC do Pacto Federativo, relatada pelo senador Márcio Bittar (MDB-AC).
O valor de 250 reais foi colocado na mesa e acordado por todos como sustentável. Caberá a Lira e a Pacheco segurar o valor do cheque.
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