O grupo de educação Cogna realizou um evento com investidores e alguns analistas deram suas impressões sobre as perspectivas da empresa. A Cogna, assim como outras empresas de educação, compuseram a imaginária “carteira Lula” durante as eleições presidenciais deste ano e negociou durante um bom período de acordo com os desdobramentos do campo político. Os analistas do Credit Suisse relatam que existe uma expectativa concreta de que o governo eleito fortaleça os programas sociais de educação, como o Sisu, o ProUni e o Fies. Tal fortalecimento já era um movimento esperado pelo mercado, uma vez que os papéis do setor subiram de forma expressiva depois da eleição de Lula. “Apesar de ser um tema incerto nas mãos do futuro governo federal, a empresa acredita que um novo desenho de programas pode se estender ao EAD. Um aumento no valor do financiamento pode melhorar tanto a admissão (ou seja, trazer alunos) quanto a retenção”, apontam.
Ainda que exista um certo otimismo para o futuro, as condições macroeconômicas mais desafiadoras, levando em conta o atual cenário de inflação e a expectativa de que os juros não cedam tanto em 2023, podem pesar na balança da Cogna. “No geral, as discussões tiveram um tom positivo, embora acreditemos que incertezas macroeconômicas possam continuar impactando o setor”, avalia a XP Investimentos. No acumulado do ano, as ações da companhia recuam 14%.
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