A Cosan amargou uma forte queda de 8,7% na última sexta-feira, 7, e já encara uma nova baixa de 5,5% na manhã desta segunda-feira, 10, depois de anunciar uma compra bilionária de ações da Vale que pegou os investidores de surpresa. A empresa adquiriu uma participação de 4,9% da mineradora que pode subir para 6,5% a depender de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Hoje, essa fatia vale cerca de 24 bilhões de reais. Para tal operação, a Cosan tomou dois empréstimos. O primeiro de 8 bilhões de reais com Itaú e Bradesco e o segundo de 13,7 bilhões com JP Morgan e Citi.
Os investidores, e também alguns analistas, enxergam uma alta exposição ao risco e uma falta de sinergia entre os grupos. “ A questão realmente é a materialidade desse negócio em relação à exposição ao risco, alavancagem e custos de financiamento”, avalia o Credit Suisse. “Se isso agrega valor dependerá de como essa tese se desenrola. De acordo com o anúncio, a Cosan buscará exercer influência sobre a Vale, incluindo um assento no conselho. Mas sua influência será limitada e, a nosso ver, não há sinergias claras entre os dois grupos”, finaliza.
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