Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês

APURAÇÃO DAS ELEIÇÕES 2024

Imagem Blog

Radar Econômico

Por Pedro Gil Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Análises e bastidores exclusivos sobre o mundo dos negócios e das finanças. Com Diego Gimenes e Felipe Erlich
Continua após publicidade

Crimes eleitorais que rondam Bolsonaro: de gasolina a benefícios fiscais

Lei eleitoral proíbe qualquer tipo de benefício durante ano das eleições, a não ser que haja alguma calamidade pública

Por Josette Goulart Atualizado em 27 out 2023, 19h19 - Publicado em 22 mar 2022, 11h53

Os pacotes de bondades não param de surgir da caneta do presidente Jair Bolsonaro neste ano eleitoral. Decreto para reduzir IPI, pacotes de empréstimos para mulheres empreendedoras, pacote de estímulo de 150 bilhões de reais. Todos podem ser considerados benefícios fiscais ou sociais, que são proibidos em ano eleitoral. Mas tem um ponto que Bolsonaro não quer usar a caneta por medo de cometer crime: a redução dos preços dos combustíveis. Por isso, a Advocacia Geral da União (AGU) está fazendo uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o que o presidente pode ou não fazer em relação aos preços dos combustíveis em ano eleitoral. Na letra da lei, Bolsonaro não pode conceder nenhum tipo benefício fiscal ou social a não ser que já estejam previstos no orçamento. Se fizer, é crime eleitoral. A outra exceção é caso haja a decretação de estado de calamidade ou situação de emergência. A propósito, a lei prevê que nem o Congresso Nacional poderia aprovar benefícios em ano eleitoral, segundo conta o advogado especialista em temas eleitorais, Ricardo Penteado. 

Penteado vem trabalhando com candidatos dos mais diferentes partidos políticos desde as eleições presidenciais de 1989. Mas o melhor exemplo sobre a questão deste tipo de crime vem das eleições a prefeito, em 2020. O próprio ministério público eleitoral chegou a alertar a Câmara de Vereadores de São Paulo que não podia aprovar pacotes de benefícios. Mas de uma hora para outra, por conta da pandemia, os prefeitos tinham que tomar atitudes como, por exemplo, criar benefícios para suprir a falta de merenda escolar ou aumentar orçamento em publicidade para incentivar as pessoas a lavar as mãos. Penteado assessorou Bruno Covas naquele ano e conta que, a cada medida, a prefeitura pedia autorização à Justiça eleitoral. O problema eleitoral, no entanto, foi sanado quando foi decretada a calamidade pública por conta da pandemia, no fim de abril. 

No caso de Bolsonaro em relação aos combustíveis, o que ele está fazendo é uma consulta ao TSE e não um pedido formal. Os especialistas dizem que o tribunal sequer deveria analisar a consulta, já que não se trata de um pedido concreto. O Tribunal deve analisar a questão nesta terça-feira, 22.

Um ponto nesta questão sobre crimes eleitorais e benefícios fiscais é importante ser levado em consideração. A Justiça só vai analisar se os benefícios concedidos por Bolsonaro são crimes eleitorais se o Ministério Público questionar ou algum adversário entrar com uma ação judicial. O problema para os adversários políticos é que, assim que questionarem na Justiça, podem interromper o benefício e a depender do caso, ver a ação se tornar uma propaganda eleitoral negativa.

*Quer receber alerta da publicação das notas do Radar Econômico? Siga-nos pelo Twitter e acione o sininho.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.