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CSLL expõe desarticulação fiscal e política em Brasília

Erros em série

Por Veruska Costa Donato Atualizado em 3 dez 2025, 14h49 - Publicado em 3 dez 2025, 14h25

O aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) aprovado na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos do Senado) para fintechs e casas de apostas reacendeu um diagnóstico recorrente entre analistas: o governo perdeu o fio da meada fiscal — e também o político.

Para Alexandre Mathias, estrategista-chefe da Monte Bravo, a gestão Lula “comete erros em série” ao tentar reorganizar as contas públicas sem construir uma base mínima no Congresso. O resultado, segundo ele, é um cenário em que medidas são aprovadas de um lado e rejeitadas de outro, transformando a recuperação de receitas em uma colcha de retalhos sem coordenação. Mathias acrescenta que a ausência de liderança política empurra o país para juros longos persistentemente altos, com o Banco Central pisando no freio enquanto o fiscal acelera: “o carro derrapa”.

Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, reforça e amplia a crítica. Embora o governo busque “equalizar o jogo” entre bancos, fintechs e casas de apostas — um debate legítimo — a discussão chega tarde e é mal conduzida. Ele lembra que, enquanto bancos sempre pagaram 20% de CSLL, fintechs tinham alíquotas entre 9% e 15%, e o governo tenta corrigir essa assimetria. Mas, para Agostini, o problema central é outro: falta organização, falta articulação, falta governo. O conflito com o Senado em torno da indicação de Jorge Messias ao STF travou pontes já frágeis, e ninguém quer votar medidas compensatórias às vésperas do recesso. “A sociedade e o Congresso já chegaram ao limite”, afirma.

No meio desse impasse, a LDO de 2026 tornou-se refém da guerra fria entre Executivo e Legislativo. Agostini alerta que, sem aprovação, o país não consegue executar o orçamento — e serviços básicos, como emissão de passaportes e atendimento em saúde, voltariam a sofrer. A ironia é que tanto governo quanto Congresso precisam aprovar a LDO: em ano eleitoral, ninguém quer abrir mão das emendas. A engrenagem segue funcionando, mas com chiado. E, enquanto Brasília briga, a conta — como sempre — recai sobre o investidor, o contribuinte e a economia real.

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