Desapropriações envolvendo antigo porto de Eike se arrastam na Justiça
Processo de compensação das famílias é agravado pela constante troca de juízes
Na esteira da disputa entre a Prumo Logística e a OSX, última empresa do império de Eike Batista a sobreviver, na operação do Porto de Açu, no Rio de Janeiro, um impasse na indenização de cerca de 400 famílias de agricultores removidas para dar lugar ao porto se arrasta na Justiça desde 2010. Na ocasião, o governo de Sérgio Cabral removeu dos arredores cerca de 400 famílias de agricultores. A ideia era oferecer a área de 7.500 hectares que ocupavam para a instalação de um polo industrial, beneficiado pelas facilidades de transporte oferecidas pelo porto.
A indenização das famílias degringolou e até hoje se arrasta nos tribunais, com uma sucessão de conflitos sobre os critérios de avaliação das terras desapropriadas. Complexa por si só, a disputa só se acirrou desde a entrada da Prumo Logística como parte interessada das desapropriações ao lado do governo do Rio. O processo de compensação das famílias é agravado pela constante troca de juízes, resultando em revisões nas peritagens e desvalorização das propriedades, enquanto as terras permanecem abandonadas.