Depois de uma longa temporada no Brasil por conta da pandemia, o ex-banqueiro e investidor Aldo Floris teve que deixar o país para não se enquadrar na qualidade de residente fiscal. Floris deixou de ser residente em 2013, tem cidadania italiana e mora nas Bahamas, que por ser um paraíso fiscal tem uma carga tributária bem mais branda que a do Brasil. Mas, no ano passado, ele chegou ao país poucos dias antes da decretação da pandemia no mundo e foi ficando. Em agosto, entrou com uma ação na Justiça para permanecer no Rio de Janeiro sem se tornar residente, alegando que não podia viajar por ser do grupo de risco da Covid-19.
As regras brasileiras dizem que depois de 184 dias, o ex-banqueiro teria que pagar imposto aqui. A Justiça concedeu a liminar. Mas no fim de maio deste ano, o juízo federal entendeu que pela sua idade já deu tempo de Floris tomar as duas doses da vacina contra a Covid-19 para viajar em segurança e deu 15 dias para ele deixar o país. Floris já está nas Bahamas, segundo seus advogados.
Para quem não lembra, Floris foi dono do Banco Liberal, que foi vendido para o Bank of America. Ele também foi sócio da Light por meio da Rio Minas Energia e sócio da Sete Brasil, empresa criada para gerenciar as sondas da Petrobras e que foi à derrocada com a Lava Jato. Floris chegou a ganhar uma arbitragem contra a Petrobras para ser indenizado pelas perdas na Sete Brasil.