Gasolina vai cair? Analistas se preparam para queda nos preços do petróleo
Grandes bancos projetam queda nos preços por causa da desaceleração no ritmo de crescimento das economias

Grandes bancos americanos, como o Goldman Sachs, o J.P Morgan e o Citi, possuem um consenso: a tendência é de baixa nos preços do petróleo nos próximos meses. Os analistas dos três bancos seguem uma linha parecida, a de que uma desaceleração no ritmo de crescimento das economias, sobretudo a dos Estados Unidos, deve frear a demanda pela commodity e provocar uma queda nos preços. Atualmente, o petróleo tipo brent é negociado a 72 dólares por barril, mas os analistas não descartam uma desvalorização de até 30% até o final do ano.
A equipe do Goldman Sachs escreve que os preços devem se manter na faixa dos 70 dólares por barril, mas que não considera mais esse nível como um piso para a commodity. Os analistas do Citigroup estimam que os preços devem cair para 60 dólares no segundo e no terceiro trimestre e para até 55 dólares no quarto trimestre de 2025. O J.P Morgan é o mais radical e afirma em relatórios enviados a clientes que o petróleo pode cair para até 50 dólares por barril à medida que Trump pressiona para manter os barris russos e iranianos no mercado — o que aumentaria a oferta global da commodity.
No Brasil, porém, os preços da gasolina e do diesel seguem defasados em relação à paridade internacional. Ou seja, eles precisariam ser reajustados para serem equiparados ao mercado internacional. No caso da gasolina, a defasagem é de 3% — ou 10 centavos por litro. Já a do diesel é de 6%, ou 23 centavos por litro. Os dados são da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).