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Governo acena com projeto pouco viável de privatização da Eletrobras

Ocupantes do Palácio do Planalto dizem que desejam diluir a participação da União, mas plano parece vir apenas para acalmar o mercado

Por Machado da Costa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 13h30 - Publicado em 22 fev 2021, 17h52

Na tarde desta segunda-feira, 22, o governo decidiu acenar com um projeto que é, no mínimo, pouco viável de privatização da Eletrobras. As diretrizes do plano foram divulgadas primeiramente pela Folha de S.Paulo e confirmadas pelo Radar Econômico. Ocupantes do Palácio do Planalto dizem que desejam diluir a participação da União e seus braços na companhia de forma a deixar de ser o controlador majoritário. Continuaria, contudo, a ser o controlador, na prática. O Radar Econômico foi conferir no Ministério da Economia o que achavam da ideia. Por lá, o ceticismo é grande.

O plano é enviar uma Medida Provisória ao Congresso pedindo permissão para emitir ações em uma oferta primária. A conta, porém, não fecha. Para reduzir a participação dos atuais 61,7% (segundo documentos enviados pela estatal à B3 em 28 de janeiro) para 45%, como é o plano, a Eletrobras precisaria emitir mais de 580.000 ações preferenciais. Isso é um quarto do total de ações em circulação. A preços atuais, isso significa mais de 17 bilhões de reais. O plano de capitalização original e que recebeu oposição de Senadores representava uma soma de 16 bilhões de reais.

O governo saiu anunciando esse projeto na rua para tentar acalmar o mercado, que pune o movimento errático de destituir o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. Contudo, o plano parece estar muito longe de estar pronto. Seria, talvez, uma ideia com a qual poderia começar a se trabalhar. Porém, é difícil imaginar que depois de dois anos empurrando a privatização da Eletrobras com a barriga, de uma hora para outra, um projeto nascesse bonito e pronto para ser aprovado.

Aliás, o Radar Econômico apurou mais duas informações em relação à Eletrobras. A primeira é que tanto Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, quanto Rodrigo Pacheco (DEM-MG), congênere no Senado, são contra a venda da estatal. Ambos possuem interesses nas subsidiárias Chesf e Furnas, respectivamente. Sem contar toda a bancada do Norte no Senado que loteia há anos a Eletronorte. A segunda informação é a de que o governo não tem um nome fechado ainda para comandar a estatal. Wilson Ferreira Jr. deixou o posto há algumas semanas para assumir a presidência da BR Distribuidora. O cargo está sendo definido junto do centrão, comandado por Lira.

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