Guerra esfria plano da Petrobras de cortar preço da gasolina
Preços dos combustíveis não estão mais acima da chamada paridade internacional, segundo entidades setoriais
A escalada da guerra no Oriente Médio envolvendo Israel, Irã e Líbano deve jogar um balde de água fria nos planos da Petrobras de reduzir os preços da gasolina e do diesel no Brasil. A relação é real porque os preços do petróleo no mercado internacional voltaram a subir diante do agravamento nos conflitos geopolíticos. O petróleo tipo brent saiu da casa dos 70 dólares por barril na semana passada e agora é negociado a 77 dólares por barril. Se há uma semana os preços da gasolina estavam 20 centavos acima da chamada paridade internacional, agora essa matemática está zerada. Os dados são calculados diariamente pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) que, agora, não enxerga mais espaço para cortes seguindo os parâmetros externos.
Quando anunciou uma redução de 9% nos preços do querosene de aviação no último dia 26, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que os preços são avaliados constantemente e que reduções na gasolina e no diesel seriam anunciadas caso houvesse espaço para esses movimentos. Pelo visto, não há mais.