VEJA Mercado | Abertura | 27 de outubro.
Os investidores mostraram ontem que estão sensíveis depois do caos causado pela proposta mudança no teto de gastos para abrigar no Orçamento as emendas de parlamentares e o Auxílio Brasil de 400 reais. Depois de uma pequena correção na segunda, o Ibovespa caiu de novo ontem com as notícias da prévia da inflação maior do que o esperado e levando o mercado a acreditar que o Banco Central vá aumentar em pelo menos 1,5 ponto percentual a taxa de juros na reunião do Copom que termina hoje. Mas a reunião termina somente depois do mercado fechar, assim como também a PEC dos precatórios que ficou para hoje também só será votada, se for, à noite. Ontem, o presidente da Câmara, Arthur Lira, disse que o texto não está maduro para votação, o que é um sinal de que existe oposição ao projeto apresentado. Tem ainda os dados do desemprego. A Pnad contínua mostra uma taxa de desocupação de 13,2%, quase em linha com a expectativa do mercado que era de 13,4%.
Sendo assim, fica espaço para o mercado repercutir a enxurrada de balanços positivos que foram divulgados. A Gerdau lucrou quase 5,6 bilhões de reais, 600% a mais do que no ano anterior. A Marfrig, que vende carnes, mais que dobrou o lucro chegando a quase 1,5 bilhão de reais. O Santander lucrou 12,5% mais, a WEG 26% mais. Mas os investidores temem que aconteça no terceiro trimestre o mesmo que aconteceu no segundo trimestre, com o noticiário político ofuscando os bons resultados das empresas.