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Lucro da Petrobras tem queda de 70,6% em 2024, para R$ 36,6 bilhões

Primeiro balanço da gestão de Magda Chambriard mostra diminuição também nas receitas; estatal vai distribuir R$ 9,1 bilhões em dividendos

Por Juliana Machado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 fev 2025, 10h42 - Publicado em 26 fev 2025, 20h49

A Petrobras registrou um lucro líquido de 36,6 bilhões de reais em 2024, uma queda de 70,6% em relação a 2023, informou a empresa na noite desta quarta-feira 26. No quarto trimestre do ano passado, a companhia apresentou prejuízo líquido de 17 bilhões de reais, revertendo o lucro registrado em igual período um ano antes. As informações correspondem ao lucro atribuível aos acionistas da empresa — base para a distribuição de proventos aos investidores.

A receita de vendas da estatal totalizou 490,8 bilhões de reais no acumulado do ano passado, recuo de 4,1% na comparação com 2023. No quarto trimestre, a empresa teve uma receita de 121,3 bilhões de reais, aumento de 9,7% ante igual período do ano anterior.

A Petrobras também informou que o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) fechou 2024 em 214,4 bilhões de reais, diminuição de 18,2% frente a 2023. No trimestre encerrado em dezembro, o Ebitda ajustado foi de 40,9 bilhões de reais, baixa de 38,7% na comparação anual.

Em conjunto com as demonstrações financeiras, a Petrobras declarou que irá distribuir 9,1 bilhões de reais em dividendos aos acionistas. Com isso, a remuneração aos investidores relativa ao exercício de 2024 atingirá 75,8 bilhões de reais.

Ainda segundo os dados do balanço, a dívida líquida da estatal encerrou dezembro em 52,2 bilhões de dólares, aumento de 16,9% frente ao fechamento de 2023. A relação entre dívida líquida e Ebitda subiu de 0,85 vez para 1,29 vez na mesma base.

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Segundo a companhia, a deterioração do ambiente externo, com a redução do preço do petróleo e das margens internacionais no segmento de refino, prejudicaram os resultados da empresa, além dos menores volumes de produção de petróleo. A estatal destaca que, ao longo de 2024, o ambiente externo foi marcado pela redução de 2% no petróleo Brent e queda de 39% no “crackspread” — a diferença entre o preço do petróleo bruto e o preço dos produtos refinados.

Em relação ao lucro, a Petrobras afirma que a redução de 70% se deve principalmente a um item de natureza contábil, que não tem efeito caixa: a variação cambial das dívidas entre a estatal e suas subsidiárias no exterior. “Sem os eventos exclusivos, o lucro líquido seria de 130 bilhões de reais”, diz a companhia.

O resultado financeiro da empresa, negativo em 82,5 bilhões de reais em 2024, foi resultado da desvalorização cambial, além do reconhecimento de despesas financeiras associadas à adesão de uma transação tributária. Essa transação, explica a Petrobras, foi positiva, porque encerrou “disputas bilionárias que traziam grande incerteza para o caixa da companhia”. “A ação da companhia subiu mais de 3% após a divulgação da transação”, afirma.

No segmento de exploração e produção, a receita de vendas em 2024 atingiu 324,9 bilhões de reais, queda anual de 2,7%, enquanto o lucro atribuído aos acionistas da empresa totalizou 97,9 bilhões de reais, recuo de 13% ante 2023. No caso da receita, o impacto veio da queda na cotação do Brent e da menor produção, enquanto o lucro foi menor devido à maior despesa com provisão para descomissionamento de campos em processo de devolução, além da menor receita com desinvestimentos.

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