A vacina da AstraZeneca/Oxford ainda não ganhou o aval nem para uso emergencial da principal agência de vigilância sanitária do mundo, o FDA. Nesta segunda, ao anunciar a eficácia de 79% de sua vacina depois de testes nos Estados Unidos, Chile e Peru, parecia que tudo ia começar a caminhar bem. Mas na noite da própria segunda-feira, o Conselho de Monitoramento de Dados e Segurança notificou a empresa de que está “preocupado com as informações lançadas pela empresa sobe os dados iniciais de seu ensaio clínico”. Eles temem que a empresa tenha incluído informações desatualizadas desse ensaio, o que poderia ter fornecido uma visão incompleta sobre os dados de eficácia da vacina.
Na manhã desta terça, a agência governamental do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos reportou oficialmente a preocupação com os dados da empresa. O conselho de monitoramento é um painel independente que ajuda a agência a supervisionar a vacina da AstraZeneca. No Brasil, a vacina teve seu uso emergencial aprovado em janeiro.
Não é de hoje que a vacina tem sido questionada. Logo no começo do estudos, a empresa não foi transparente ao anunciar um efeito adverso. Na Europa, diversos países suspenderam o uso da vacina com temores de que ela poderia estar provocando efeitos colaterais como trombose até que a Organização Mundial de Saúde saiu em sua defesa para dizer que a vacina é segura.