Minério de ferro, de novo, derruba a bolsa
VEJA Mercado: Ibovespa acelera perdas em cenário pouco animador para as commodities; dólar sobe
VEJA Mercado | Fechamento | 17 de setembro.
Vermelho. Esta tem sido a cor predominante na tela dos gestores de renda variável no Brasil. Uma queda atrás da outra que tem provocado o derretimento do Ibovespa. O índice passou dos 130 mil pontos em junho e, agora, encosta nos 110 mil. Hoje, as baixas foram generalizadas no mundo inteiro e o minério de ferro, mais uma vez, derreteu na China. Para a bolsa de um país emergente e que ainda tem grande dependência das commodities, o resultado é uma perda substancial. O Ibovespa fechou a sexta-feira em queda de 2,07%, a 111.439 pontos.
O prejuízo foi acelerado pelas mineradoras e siderúrgicas, após o tombo de 7% do minério de ferro na bolsa de Dalian. Gerdau, Usiminas e CSN fecharam em quedas de 6,59%, 5,31% e 4,33%, respectivamente.
Os analistas também viram com pessimismo o aumento do IOF para custear o Bolsa Família. “O índice está em um canal de baixa muito claro. A inflação está batendo no mundo inteiro e existe o temor de aumento nos juros. Para fechar, temos ainda a influência negativa do IOF, um ‘jeitinho’ para bancar programas sociais, mas que atinge as pequenas e médias empresas”, diz Pedro Galdi, analista da Mirae Asset. A Petrobras, diante do recuo no preço do petróleo e do cenário macroeconômico brasileiro incerto, fechou em queda de 4,48%.
No lado das altas, houve um pequeno ajuste técnico de papéis que recuaram expressivamente nos últimos dias, segundos os analistas. A maior alta do dia foi a de Raia Drogasil, que subiu 1,69%. Magazine Luiza, que derreteu nos últimos pregões, subiu 1,22% no de hoje. O dólar fechou em alta de 0,33%, a 5,282 reais.