O governo federal jogou um verdadeiro balde de água fria nas construtoras que se interessarem em participar do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV). O Radar Econômico informou que o modelo do programa Pode Entrar, da prefeitura de São Paulo, em que o valor das obras é depositado numa “conta caução” e liberado conforme a evolução das obras, é o preferido do setor e diminui os riscos que envolvem a contratação da chamada faixa 1 do MCMV, destinada às famílias com renda de até 2.640 reais. O governo federal, no entanto, classifica como improvável adotar o mesmo modelo em nível federal. A conclusão é dos analistas do banco Credit Suisse depois de reuniões com autoridades do setor.
“A secretaria referiu que ter um modus operandi semelhante ao do programa Pode Entrar seria altamente complexo em termos operacionais, uma vez que as várias obras espalhadas pelo país funcionam a ritmos diferentes. Com isso, tal iniciativa provavelmente não será adotada para a primeira faixa, apesar das reivindicações dos representantes do setor”, pontuam em relatório enviado a clientes. A alternativa do governo, de acordo com o material do banco, é mostrar ao setor privado a sua capacidade de cumprir as obrigações e definir penalidades para atrasos. As novas regras para o programa devem ser anunciadas no próximo mês de junho.
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