O Brasil é um país de energia barata e tarifa cara, diz CEO da Engie
Eduardo Sattamini critica subsídios dados a setores que culminam em oneração ao consumidor final
Eduardo Sattamini, presidente do grupo de energia Engie no Brasil, foi um dos empresários convidados para o fórum VEJA Negócios: Oportunidades do Brasil na Transição para a Energia Verde. Sattamini participou do painel Oportunidades no Setor Privado: o potencial da transição energética para a neoindustrialização. Rodrigo Rollemberg, secretário de economia verde do MDIC, Alessandro Rizzato, gerente de mobilização empresarial da CNI, e Pablo Fava, presidente da Siemens, também estiveram no debate. Sattamini concedeu uma entrevista exclusiva a VEJA depois do evento. Ao repórter Diego Gimenes, o executivo criticou os subsídios concedidos à geração distribuída de energia e aos setores solar e eólico.
Segundo ele, o Brasil se tornou um país de energia barata e tarifa cara. “A energia está mais cara por causa de subsídios que distorcem a tarifa de energia. Hoje o Brasil é um país de energia barata e tarifa cara. Temos a condição de ser um grande exportador de energia, o problema é a estrutura que coloca um encargo exagerado no consumidor. As distorções precisam ser corrigidas”, disse.