O Bradesco anunciou nesta semana que assumiu o compromisso de ter um portfólio de crédito neutro em carbono até 2050, ou até antes, “de acordo com cenários científicos e metas do Acordo de Paris sobre o Clima”. Mas para isso se tornar verdade, a Agência Internacional de Energia já disse com todas as letras que o mundo precisa parar hoje de fazer novos investimentos em petróleo e gás. Zero investimento nestas fontes de energia. No Brasil, recentemente, com a medida provisória da privatização da Eletrobras e com a crise hídrica, não se falou em outra coisa a não ser em novos investimentos em usinas termelétricas movidas a gás natural, por exemplo.
Ao anunciar a meta de carbono zero, o Bradesco não assume compromisso de deixar de financiar determinados setores. Informa apenas que todos os setores passarão por transformações para reduzir emissão e que isso vai exigir investimento relevante que o banco vai apoiar. “Da mesma forma, o uso de termoelétricas para a geração de energia também passará por uma revisão nos próximos anos. E temos a expectativa que nossa matriz energética continue a evoluir na direção de ser mais limpa e sustentável”, disse o banco em nota.