O martírio das ações da Embraer pode não ter acabado, alerta o J.P Morgan

As ações da fabricante de aeronaves Embraer são uma das que mais sofrem com as tarifas de 50% contra as importações brasileiras anunciadas pelo presidente americano Donald Trump na última semana. Os papéis da companhia acumulam desvalorização de aproximadamente 10% desde então, e a maré ruim pode ainda não ter acabado. Os analistas do banco J.P Morgan escrevem em relatório enviado a clientes que as ações ainda não incorporaram todos os possíveis impactos negativos que as medidas podem trazer ao caixa da companhia.

As tarifas de 50%, caso efetivamente impostas, devem provocar um impacto negativo de 338 milhões de dólares no caixa da Embraer, segundo os cálculos dos analistas do banco J.P Morgan. As ações podem ter uma queda de até 30% diante desse cenário, estimam os analistas. A leitura é que Donald Trump pode voltar atrás ou mesmo adiar o início da imposição das tarifas como fez em casos semelhantes outrora. O banco cita ainda o risco de um possível aumento nas provisões da Embraer por causa da recuperação judicial da companhia aérea Azul.

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