Que mudança de presidente da Petrobras ou preços de combustíveis, que nada. O novo ministro das minas e energia, Adolfo Sachsida, está mesmo neste momento é 100% focado na privatização da Eletrobras. O ministro tem dito a interlocutores que nada pode dar errado neste processo. O medo dele é de que fique com a fama ruim caso algo saia fora do planejado. Às vésperas da sequência do julgamento do Tribunal de Contas da União sobre o processo de privatização, o ministro tem agenda com 4 ministros do TCU. Na segunda-feira, 16, já havia feito dois encontros com ministros da casa. Além disso, estão na agenda de Sachsida encontros com o presidente do BNDES, que estrutura a operação, o presidente da Eletrobras e o advogado geral da União. Também estão marcados encontros com o ministro Paulo Guedes e os secretários que tocam o assunto na Economia. E de lambuja, ainda tem um encontro com representantes do fundo árabe Mubadala, um dos maiores fundos soberanos do mundo, e diretores da Acelen, empresa brasileira do fundo que administra refinarias de petróleo.
A privatização da Eletrobras pode render uns 25 bilhões de reais aos cofres do governo. Nada mal para um ano eleitoral. Mas o ministro precisa apagar o principio de incêndio com a usina de Santo Antonio, que tem Furnas como principal acionista. Ontem, a Cemig, outra sócio, divulgou seu balanço com um parecer da auditoria falando do risco de a usina quebrar.
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