O que acontece com as ações da Americanas após recuperação judicial
VEJA Mercado: negociações podem ser suspensas caso pedido se concretize e companhia deve ser removida de todos os índices

A Americanas comunicou que ingressou com um pedido de recuperação judicial. A companhia revelou ter cerca de 800 milhões de reais em caixa – em grande parte bloqueado por liminar concedida ao banco BTG Pactual — e mais de 40 bilhões de reais em dívidas. Com o processo confirmado, as negociações das ações da varejista devem ser suspensas na B3 por um prazo a ser definido pelo juiz responsável pelo caso. Depois desse prazo, os papéis voltam a ser negociados. A Americanas também será removida de todos os índices em que está inserida, uma vez que a B3 não permite que empresas em recuperação judicial sejam listadas em índices. Logo, a Americanas será removida do Ibovespa, do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), do Índice de Consumo (ICON) e de outros onze índices.
A XP avalia que esses processos duram três anos, em média, podendo se exceder por mais tempo. “É um processo longo, com duração média de três. As ações tendem a sofrer durante processos de recuperação judicial, uma vez que as medidas são focadas nos credores e são geralmente diluitivas aos acionistas”, afirmam os analistas da corretora. Por volta das 13h20, os papéis da Americanas tombavam 21%.
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