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Os próximos passos da recuperação judicial do Vasco

Vasco recorre à recuperação judicial para reestruturar dívidas e evitar colapso financeiro

Por Pedro Gil Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 26 fev 2025, 12h14

O Vasco da Gama entrou em recuperação judicial para reestruturar dívida de 1,4 bilhão de reais. A medida ‘não é um passe livre para o perdão das dívidas, mas sim um mecanismo que permite a renegociação e reestruturação dos débitos de maneira ordenada e sustentável’, segundo o advogado Leonardo Zenkoo, especialista na área. O sucesso do processo dependerá de uma gestão eficiente e da capacidade do clube de implementar um plano de recuperação sólido.

O Vasco já havia tentado, em 2021, organizar suas dívidas por meio do Regime Centralizado de Execuções (RCE), um mecanismo que permite reunir execuções em um único processo. No entanto, essa solução não foi suficiente para equacionar todas as pendências financeiras do clube. Sem liquidez e pressionado por credores, a diretoria viu na recuperação judicial uma alternativa mais robusta para ganhar tempo e estruturar um plano de pagamento factível. “Cada caso tem suas particularidades, mas o que vemos no Vasco é um reflexo da falta de planejamento financeiro de muitos clubes brasileiros. A gestão esportiva precisa estar alinhada com práticas de governança e responsabilidade fiscal para evitar chegarem a esse ponto”, afirma Zenkoo.

A Recuperação Judicial segue um rito complexo. Após a apresentação do pedido, o clube terá um período de 180 dias de suspensão das execuções (o chamado stay period), tempo em que deverá apresentar um plano de reestruturação para ser aprovado pelos credores. Caso o plano seja aceito, o Vasco terá um prazo de dois anos para cumprir as condições acordadas, sempre sob supervisão judicial.

Ainda assim, o processo gera incertezas. A instabilidade pode afetar negociações com atletas, patrocinadores e fornecedores, além de impactar a credibilidade do clube no mercado esportivo. Para a torcida, a situação se divide entre a esperança de um futuro mais estável e o receio de que a recuperação não seja suficiente para evitar um agravamento da crise. “O torcedor precisa entender que a recuperação judicial não significa que o clube está falindo, mas sim que está buscando uma solução para evitar que isso aconteça. No entanto, sem uma administração comprometida e mudanças estruturais, o risco de insucesso existe”, alerta Zenkoo.

A decisão do Vasco remete a outros casos no futebol. No cenário internacional, há exemplos de clubes que conseguiram se recuperar após crises financeiras severas. O Borussia Dortmund, na Alemanha, e a Juventus, na Itália, passaram por momentos críticos, mas superaram as dificuldades por meio de cortes de gastos, aumento de receitas e um planejamento estratégico bem executado.

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