O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem sendo criticado e, quando indagado, tergiversa a respeito da escolha de seu nome para o Ministério da Fazenda caso seja eleito no próximo dia 30 de outubro. Apesar de, publicamente, afirmar que perderia o apoio dos economistas que fazem parte da campanha, a postergação do anúncio de um nome envolve uma estratégia eleitoral — interpretada como equivocada pelo setor produtivo. A leitura é de que, com o anúncio, Lula perderia apoios importantes, independentemente do nome. Se fosse um dos liberais que declararam apoio à candidatura, como o ex-ministro Henrique Meirelles ou os ex-presidentes do Banco Central, Persio Arida e Armínio Fraga, o petista perderia o fervor da militância mais aguerrida. Se, pelo contrário, indicasse alguém alinhado ao PT, causaria incômodo entre os economistas e membros do mercado que declararam apoio à candidatura do petista contra Jair Bolsonaro (PL).
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