Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Radar Econômico

Por Pedro Gil Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Análises e bastidores exclusivos sobre o mundo dos negócios e das finanças. Com Diego Gimenes e Felipe Erlich
Continua após publicidade

Projeto das offshores gera medo de efeito colateral contra o fisco

Mudança no pagamento do IR de pessoas físicas atrasa arrecadação do governo, segundo especialistas

Por Felipe Erlich Atualizado em 4 jun 2024, 09h53 - Publicado em 22 nov 2023, 09h04
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O projeto de lei que taxa investimentos offshore e fundos exclusivos é prioridade do governo federal e será pautado nesta quarta-feira, 22, pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Elaborado para turbinar a receita do governo e permitir o cumprimento da meta fiscal, o PL 4.173/2023 tem gerado apreensão por conta de um possível efeito colateral que prejudicaria… a arrecadação da União. Além de versar sobre as offshores e fundos exclusivos de investimento, o PL traz mudanças ao Imposto de Renda cobrado sobre aplicações financeiras líquidas no exterior feitas por pessoas físicas. Atualmente, essa cobrança ocorre com periodicidade mensal, mas passaria a ser realizada a cada ano — o que críticos do projeto consideram prejudicial tanto ao contribuinte quanto ao fisco. “É um complicador, pois dificulta a vida do contribuinte, obrigando-o a manter um controle paralelo para as aplicações no exterior, e impacta a arrecadação federal, retirando do volume mensal parte relevante de um imposto hoje já arrecadado”, diz Hélcio Honda, tributarista e diretor do departamento jurídico do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP).

    O investidor que também tem aplicações da mesma natureza no Brasil, que vão continuar sendo tributadas a cada mês, teria que realizar um planejamento financeiro paralelo para pagar o imposto sobre aplicações no exterior, esse cobrado anualmente. A situação caracterizaria uma falta de isonomia tributária acompanhada de mais insegurança jurídica, segundo Honda. Do lado do fisco, que hoje recolhe o montante referente a essas aplicações todo mês, a receita passaria a entrar nos cofres uma vez ao ano. Além disso, o projeto de lei permite um intervalo de até 15 meses entre o ganho financeiro e o pagamento do imposto, ou seja, o imposto sobre ganhos de janeiro de 2024 poderiam ser arrecadados somente em maio de 2025 — complicando o cumprimento da meta fiscal.

    “Certamente impactará (negativamente) na meta fiscal do Governo”, diz uma nota técnica sobre a alteração no IR que foi enviada por tributaristas ao relator do PL, o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e circula entre alguns senadores. Entre especialista que acompanham a discussão, há quem diga que a mudança poderia também representar, na prática, um prejuízo de até 275 milhões de reais ao fisco em 2024, pois os 7 bilhões de reais que seriam arrecadados com essa incidência do IRPF seriam em parte corroídos pela inflação ao longo do ano — antes de entrar nos cofres públicos e poderem ser aplicados pelo governo. Para tanto, trabalha-se com uma projeção de inflação para 2024 de 3,9%.

    Siga o Radar Econômico no Twitter

    Publicidade
    Publicidade
    Imagem do bloco

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.