O jornal americano The New York Times afirmou em reportagem que o aiatolá Ali Khamenei estaria preparando um plano emergencial de sucessão em razão da escalada nos conflitos no Oriente Médio nas últimas semanas. Os possíveis nomes para suceder o líder supremo do Irã são mantidos em sigilo. Há ainda rumores de que Khamenei estaria doente. O fato é que, aos 86 anos, é natural que o aiatolá já pense em sua sucessão. Desse ponto para uma renúncia ou mesmo morte durante a guerra travada contra Israel, existe uma certa distância e cautela para alguns especialistas. Afirmar que o regime teria fim com a saída de Khamenei é prematuro.

“Hoje se superestima o papel dele hoje dentro da manutenção do regime como ele existe. O regime foi construído ao longo dos últimos 45 anos e a morte de Khamenei não vai colocar um fim no que o regime representa, não há como apostar nisso”, afirma Leonardo Coutinho, diretor-executivo do Center for a Secure Free Society, em entrevista ao programa VEJA Mercado. “A tendência, inclusive, é por um sucessor mais radicalizado e com mais capacidade e energia de tornar o Irã mais agressivo”, completa. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube e nas redes sociais, a partir das 10h.

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