A Raízen, empresa de energia controlada pela Cosan e Shell, completa nesta terça-feira, 5, dois meses de operação na B3, a bolsa de valores brasileira. À época, em agosto, a companhia levantou 6,9 bilhões de reais, naquele que foi, e ainda é, o maior IPO de 2021. No entanto, passados dois meses, os papéis da empresa ainda não saíram do lugar. Precificada na estreia a 7,25 reais por ação, a Raízen custa, hoje, 7,17 reais por ação, uma queda de quase 1%. O contexto difícil para o mercado de capitais ajuda a entender o porquê da companhia não ter saído do lugar, e mostra que o desempenho poderia ter sido pior. Nesse período de dois meses, o Ibovespa derreteu mais de 9%, influenciado pelas crises políticas, institucionais e econômicas que assombram o país, além de fatores externos, como a Evergrande, que também impediram o avanço dos papéis. Para os próximos meses, o Bank of America mira um preço-alvo de 12 reais por ação, o que significaria um crescimento de 80% na precificação. Importante lembrar que o preço dos combustíveis estão nas alturas. A instituição justifica a estimativa pelo fato da Raízen ser exclusiva no setor de biocombustíveis e distribuição na bolsa.