Santander defende nova era de fraqueza do dólar e fala em queda estrutural

Os economistas do banco Santander afirmam em relatório enviado a clientes que o mundo pode estar diante do início de “uma nova era de fraqueza do dólar“. Eles têm defendido a tese já há algum tempo e enumeram uma série de razões para acreditar que a queda recente do dólar frente aos seus pares pode ser mais estrutural e expressiva do que se imagina. Os economistas citam a confusa política comercial dos Estados Unidos e as recentes políticas anti-imigração do presidente Donald Trump como fatores que podem acentuar a saída de capital dos EUA e enfraquecer o dólar mundo afora.

“Há uma crescente incerteza em torno da política comercial dos EUA, o que está deixando os investidores globais mais cautelosos. Segundo, crescem as preocupações com a independência do Federal Reserve (Fed), levantando questões sobre a credibilidade de longo prazo da política monetária dos EUA”, escrevem. “E terceiro, os EUA estão adotando políticas — como repressões abrangentes à imigração e aumento do protecionismo — que podem, em última análise, reduzir a produtividade”, concluem.

No Brasil, o dólar já acumula uma queda de mais de 10% em 2025. O atual preço da moeda americana, cotada a 5,46 reais nesta segunda-feira, 30, é o menor desde outubro de 2024. O Santander acredita que não se trata apenas de movimentos de mercado de curto prazo, mas também de mudanças estruturais mais profundas que indicam “uma nova era de fraqueza sustentada do dólar americano”.

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