Senado deve criar previsão para termelétricas inflexíveis
Câmara havia rejeitado proposta para colocar térmicas na base do sistema elétrico
Em reunião de lideranças do Senado com grupos privados interessados na aprovação da Nova Lei do Gás, colocou-se na mesa um acordo que até o momento era considerado inaceitável pelo governo e pela indústria: a criação de usinas termelétricas inflexíveis. A previsão legal vai permitir que entrem usinas a gás na base do sistema elétrico brasileiro. Hoje, a base é completamente hídrica, apoiada pelas térmicas que entram em operação quando as hidrelétricas não podem mais sustentar a demanda.
Segundo quem esteve presente, essas térmicas terão um custo menor do que 200 reais por MWh (megawatt-hora), o que as equiparariam em custo de operação com solares e eólicas.
Os adeptos das térmicas inflexíveis acreditam que as usinas poderão ajudar a desenvolver a cadeia de gás no país, criando uma demanda firme para atrair investimentos. Há um mês, quando foi votado na Câmara o projeto de lei, o modelo de térmicas inflexíveis foi rechaçado. Àquela época, a ideia era que as térmicas subsidiassem gasodutos pelo interior do país. Não é o caso agora. O texto no Senado deve ser votado em até um mês.
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