Tarifas de 50% devem cessar queda do dólar e gerar risco ao PIB, diz Itaú
Banco acredita que taxas anunciadas por Donald Trump devem diminuir o ritmo de queda do dólar e provocar risco baixista ao crescimento da economia

As tarifas de 50% sobre todas as importações brasileiras a partir de agosto anunciadas pelo presidente americano Donald Trump na última semana devem provocar reflexos na economia brasileira. O dólar comercial, que chegou a custar 5,40 reais na última semana, é vendido a 5,55 na tarde desta segunda-feira, 14. Os economistas do banco Itaú entendem que as tarifas devem frear o ritmo de desvalorização da moeda americana no país e ainda provocar um viés baixista sobre o crescimento do PIB brasileiro. O relatório assinado pelo economista-chefe Mário Mesquista foi enviado a clientes nesta segunda-feira. O Itaú projeta que o dólar deve encerrar o ano cotado a 5,65 reais e que o PIB deve crescer 2,2% no mesmo período.
“Tal tendência de apreciação do real deveria se aprofundar à frente, não fosse o anúncio de tarifas de 50% sobre as exportações de bens brasileiros para os EUA. Com forças atuando em direções opostas, mantivemos a projeção da taxa de câmbio em 5,65 em 2025”, diz o documento. “Para este ano, revisamos o balanço de riscos do PIB de neutro para baixista, refletindo o desempenho mais fraco da atividade econômica no segundo trimestre e o impacto de tarifas impostas pelos EUA no crescimento à frente”, conclui.
Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado: