O setor de autopeças é um dos mais impactados pela imprevisibilidade no comportamento do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O americano prometeu tarifas de 25% para a importação de produtos do setor automotivo, mas deu uma declaração nesta semana indicando que a cobrança da sobretaxa pode ser adiada. Para o presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), Cláudio Sahad, o recuo de Trump não é suficiente para uma comemoração, pois evidencia o grande problema por trás da gestão do republicano: a imprevisibilidade. “É impossível se planejar. Em tempos como esses, a melhor ação é a inação”, disse ao Radar Econômico, durante evento da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), na terça-feira, 15, em São Paulo. Para Sahad, o momento demanda paciência das empresas, que estão segurando investimentos à espera de maiores certezas sobre a economia global. O líder sindical argumenta que o governo dos EUA causa mais imprevisibilidade do que fatores domésticos do Brasil, uma raridade histórica que causa estranhamento.

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