VEJA Mercado | 19 de março de 2025.

As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados em alta na manhã desta quarta-feira, 19. O governo federal entregou ao Congresso o projeto que prevê a isenção do Imposto de Renda para os trabalhadores que ganham até 5 mil reais por mês. A perda de arrecadação deve chegar a 27 bilhões de reais, e o governo promete taxar os chamados super-ricos para fechar a conta. A proposta é criar uma tarifa mínima que varia entre 1% e 10% sobre quem tem rendimentos a partir de 600 mil reais por ano — o equivalente a 140 mil pessoas. De toda forma, alguns economistas temem que o projeto de isenção do IR prejudique ainda mais a saúde das contas públicas brasileiras — já vistas com desconfiança pelo mercado. O governo estuda ainda taxar na fonte até 10% dos dividendos que ultrapassarem 50 mil reais por mês.

Por falar em governo, a reprovação ao trabalho do ministro Fernando Haddad disparou na Faria Lima. Um levantamento Genial/Quaest identificou que a avaliação negativa do ministro subiu de 24% para 58% entre dezembro e março. A reprovação ao governo Lula como um todo oscilou de 90% para 88% entre gestores e analistas.

O Copom se reúne hoje e deve aumentar a taxa Selic em 1 ponto percentual. Toda a expectativa está em torno do comunicado e da direção dos próximos passos da instituição. Economistas têm revisado para baixo as projeções de juros depois da queda do dólar e esperam uma desaceleração no ritmo de crescimento da inflação de alimentos pela mesma razão — sem falar das esperadas supersafras da agricultura. Diego Gimenes entrevista André Braz, economista e coordenador do FGV Ibre. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube, Facebook, Twitter, LinkedIn e VEJA+, a partir das 10h. Ouça também no Spotify.

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