Inflação dos EUA está caindo em ritmo lento, diz assessoria Manchester
VEJA Mercado: Para o economista Thiago Lourenço, inflação do PCE endossa postura menos inclinada ao corte de juros pelo Federal Reserve
VEJA Mercado | 28 de fevereiro de 2025
O mercado financeiro brasileiro chega ao fim da semana com uma agenda mais leve no cenário local, mas de olho nos dados de inflação americana. Hoje, o que movimenta os ativos é a divulgação do índice de preços de gastos de consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês), indicador favorito do Federal Reserve, o banco central americano, para calibrar a política monetária. Os dados servem de referência para a inflação do país e devem ditar o ritmo da demanda por risco globalmente.
“O mercado já tem trabalhado com a inflação se reduzindo em ritmo lento, tanto é que os comunicados do Federal Reserve trouxeram um tom menos ‘dovish’ (inclinado ao corte de juros)”, diz Thiago Lourenço, economista da Manchester Investimentos.
Ainda no exterior, os receios na frente comercial só crescem. Depois de uma trégua do investidor na aversão ao risco, o ambiente volta a ter desdobramentos importantes, como a confirmação das tarifas de 25% sobre importados do México e Canadá. Mas o grande destaque é a China, que sofrerá a imposição de 10% em tarifas e mais 10% em represália de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, à falta de propostas dos asiáticos.
“O mercado americano ainda está tenso porque, à medida que o tempo vai passando, as medidas adotadas por Trump indicam uma possível pressão inflacionária, em um momento que se tenta entender a expectativa de médio e longo prazo para a inflação”, afirma Lourenço.
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