Atalho para o dólar cair não é via alta de juros, diz Felipe Salles
VEJA Mercado: economista-chefe do C6 Bank afirmou que alta não é capaz de frear câmbio e inflação, e que único caminho para os indicadores é via fiscal
VEJA Mercado | 4 de novembro de 2024.
As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados em alta na manhã desta segunda-feira, 4. A semana que começa hoje promete ser uma das mais importantes do ano no mercado financeiro. Nada mais e nada menos que eleição presidencial nos Estados Unidos, reunião do Copom com expectativa de alta de juros, reunião do Fed com expectativa de corte de juros, dados mensais de inflação no Brasil e, claro, espera pelo prometido pacote de cortes de gastos do governo federal. Especulações dão conta de que essas propostas podem reduzir as despesas públicas em até 60 bilhões de reais. O ministro Fernando Haddad cancelou uma viagem à Europa prevista para esta semana e deve se reunir já nesta segunda-feira com o presidente Lula e o ministro Rui Costa para discutir o assunto.
Tudo isso com o dólar comercial nas alturas. Na última sexta-feira, a moeda americana fechou a sessão cotada a 5,87 reais, apenas 3 centavos abaixo do maior valor da história — que foi de 5,90 reais, em maio de 2020. Esse é um ingrediente para lá de indigesto para a reunião do Copom, que deve decidir por um aumento de 0,5 ponto percentual na taxa Selic. Já nos Estados Unidos, os dados mensais de emprego foram muito abaixo do esperado por causa dos furacões que passaram pelo país em outubro — e isso abriu o debate para uma aceleração nos cortes de juros pelo Federal Reserve.
Só que o assunto da semana deverá ser mesmo a eleição americana. As pesquisas eleitorais apontam um empate técnico entre a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump, e o resultado, independentemente de qual seja, trará efeitos para o mundo inteiro. Diego Gimenes entrevista Felipe Salles, economista-chefe do C6 Bank. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube, Facebook, Twitter, LinkedIn e VEJA+, a partir das 10h.
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