Consignado vai na contramão do BC e pode ser problema, diz Flávio Serrano
VEJA Mercado: economista-chefe do Banco BMG diz que novo consignado para CLT pode gerar inflação, mas que proposta é adequada a médio prazo
VEJA Mercado | 24 de março de 2025.
As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados em alta na manhã desta segunda-feira, 24. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em entrevista que o projeto de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até 5 mil reais por mês deve ser aprovado com tranquilidade e que dificilmente os congressistas vão se opor à proposta. O problema, segundo ele, é “fazer os super-ricos pagarem”. As falas foram dadas em entrevista ao podcast Inteligência Ltda. O ministro voltou a dizer que a isenção não será aprovada sem uma medida de compensação da arrecadação que será perdida com a proposta.
Nos mercados, chama atenção o apetite dos estrangeiros na bolsa de valores. Os gringos já aportaram quase 15 bilhões de reais em recursos na B3 no acumulado do ano e ajudaram a aliviar a cotação do dólar comercial, negociado na casa dos 5,70 reais e com desvalorização acumulada de 7,5% no ano. Especialistas acreditam que o Brasil tem sido um dos beneficiados de uma grande saída de capital dos EUA e que o chamado diferencial de juros entre as duas economias pode acentuar esse movimento nas próximas semanas.
A semana deve ser marcada pela publicação da ata da última reunião do Copom, de dados prévios da inflação de março, de novos dados fiscais do governo e também por uma nova reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), formado por Fernando Haddad, Gabriel Galípolo e Simone Tebet. Diego Gimenes entrevista Flávio Serrano, economista-chefe do Banco BMG. O especialista teme que o novo consignado para CLT gere mais inflação e vá na contramão das ações do Banco Central, mas considera proposta adequada e razoável a médio prazo. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube, Facebook, Twitter, LinkedIn e VEJA+, a partir das 10h. Ouça também no Spotify.
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