Ex-presidente do Banco Central durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, o economista Arminio Fraga afirma que sua manifestação pública de apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ante a de Jair Bolsonaro (PL) não envolve questões econômicas. Em entrevista ao Radar Econômico, Arminio Fraga afirma que sua defesa de voto envolve “questões institucionais e ligadas à defesa da democracia”. “Vinha dizendo que pretendia anular o voto no segundo turno, mas que votaria no Lula se fosse necessário. Minha avaliação é que é hora de votar no Lula por questões institucionais e ligadas à defesa da democracia”, diz.
Segundo ele, o ex-presidente não fez sinalizações claras sobre uma eventual gestão econômica num terceiro governo de Lula. “A opção não foi embasada pela questão econômica, posto que o PT não deixou claro que caminho seguiria. Os sinais emitidos pela campanha são em função de eleição, só se fala em gasto, não se dá sinalização econômica de outra natureza. O quadro geral é muito claro, e é isso que embasa minha decisão e de meus colegas”, afirma. Nesta quinta-feira, Arminio assinou um manifesto junto a Persio Arida, André Lara Resende, Pedro Malan e Edmar Bacha.
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