Com passaporte para lá de carimbado, Antonio Patriota esquiva-se como poucos de temas espinhosos, principalmente quando o assunto passa pela Bolívia. Lógico, Patriota caiu da cadeira do Ministério das Relações Exteriores após seu subordinado Eduardo Saboia capitanear um resgate clandestino do senador boliviano Roger Molina para o Brasil.
Patriota não passa recibo quando perguntado se há qualquer ressentimento com a sua saída do governo Dilma Rousseff:
– Mágoa, nenhuma. Saí do ministério em paz, absolutamente tranquilo.
Mais cedo ou mais tarde, Patriota voltará ao Itamaraty para tratar do assunto incômodo: uma sindicância foi aberta com o objetivo de apurar responsabilidades no episódio Molina.
Patriota, claro, não adianta nem uma vírgula aos que querem saber a qual distância ele vem acompanhando a investigação interna:
– Em algum momento, sim, terei de prestar esclarecimentos, mas não estou acompanhando nada. Esse caso está a cargo do ministro Luiz Alberto Figueiredo e prefiro não comentar nada sobre Bolívia.