Nesta terça-feira, Sergio Moro vai pisar no Senado pela primeira vez como a grande ameaça eleitoral aos sonhos de reeleição de Jair Bolsonaro ou de retorno de Lula ao Planalto.
Moro surgiu nesta segunda no levantamento do Paraná Pesquisas com 10,7% das intenções de voto para a Presidência. Filiado ao Podemos e já vestindo o personagem de pré-candidato, ele vai ao Senado para apoiar o posicionamento do partido a favor dos programas de transferência de renda, como o Auxílio Brasil, mas sem comprometer a responsabilidade fiscal.
Ao lado de parlamentares do partido, Moro vai defender a aprovação da PEC do senador Oriovisto Guimarães, que define – por meio do cortes de despesas – recursos orçamentários para o financiamento do Auxílio Brasil sem furar o teto de gastos e sem dar calote nos servidores que têm créditos judiciais a receber.
Em conversas com economistas e investidores, Moro vem se manifestando de forma contrária ao texto da PEC dos Precatórios, aprovada pela Câmara e que deve ser votada no Senado nos próximos dias. Para ele, a proposta vai fazer com que o país perca ainda mais credibilidade fiscal e investimentos, gerando um cenário de prejuízos aos cidadãos, com inflação e juros mais altos e aumento do desemprego.
“Se o objetivo da PEC fosse apenas viabilizar o pagamento de programas de transferência de renda, seria possível fazê-lo com melhor alocação de recursos orçamentários ou corte de despesas e, de nenhuma forma, se justificaria agregar novos gastos com a ampliação do fundo eleitoral para R$ 5 bilhões e a garantia de mais R$ 16 bilhões para as obscuras emendas parlamentares do relator”, disse Moro.