O advogado Nelson Wilians é alvo, na Justiça, de pesadas acusações de duas ex-sócias de seu badalado escritório, com unidades em todos os estados do país.
Uma das juristas permaneceu no negócio por mais de 12 anos e, depois de todo esse tempo, alega que saiu do escritório sem ter acesso a contas do negócio — que estariam eivadas de irregularidades — nem ter recebido participação nos lucros ou acertado sua saída com Wilians.
“É importante destacar que, além de nunca ter sido realizada prestação de contas espontaneamente à requerente durante o período em que foi sócia, a requerida negou o acesso da requerente às informações, documentos e contas, mesmo após notificação formal”, diz a ação na Justiça.
“Além da documentação de natureza contábil, financeira, contratual e societária, as quais são a frente indicadas, busca-se, também, mediante o seu fornecimento, obter informações a respeito da evolução de algumas contas obscuras do balanço patrimonial, que parecem demonstrar a ocorrência de confusão patrimonial em benefício do sócio-administrador”, segue a ação.
“Com efeito, da pouca informação documental a que a requerente teve acesso quando compunha os quadros sociais da requerida, observa-se que, em dezembro de 2021, há três contas identificadas no ativo circulante como ‘Adiantamentos Diversos’, ‘Adiantamento a Sócios’ e ‘Empréstimos’, cuja soma remonta astronômicos R$ 44.768.551,44, que necessitam ser explicadas. Afinal, considerando-se que o objeto social do requerido é a prestação de serviços de advocacia, por que razão está celebrando mútuos com seus próprios sócios e terceiros não identificados? Esses mútuos são onerosos ou gratuitos? Estão beneficiando quem”, questiona a advogada na ação.
Recentemente, a Justiça mandou Wilians abrir todas as suas contas.
O Radar aguarda manifestação do escritório de Nelson Wilians.