A guerra perdida de Luciano Bivar no União Brasil
Virtualmente destituído do comando da sigla, o cacique ameaçou aliados e ensaiou revelar supostos esquemas de corrupção partidária
A disputa pelo comando do União Brasil tem produzido cenas surreais nos bastidores do partido. Além de ameaças de morte, o entrevero entre Luciano Bivar e Antonio Rueda é marcado por acusações de corrupção e uma possível divulgação de esquemas existentes na cúpula partidária.
Desesperado com a iminente perda de poder — Rueda deve ser eleito presidente nesta quinta, em votação interna da sigla –, Bivar saiu telefonando para jornalistas e convocando repórteres para uma coletiva que seria realizada por volta de 14h.
O cacique pegou um envelope, escreveu “denúncias” na parte da frente, e foi para o tudo ou nada com os ex-aliados. Na hora de falar, no entanto, segundo integrantes do partido, ele acabou refugando porque foi aconselhado por advogados a não incendiar a própria casa.
Fontes do grupo de Rueda consideram que Bivar já é ex-presidente. Na votação desta quinta, o placar deve ser de 32 votos a 9 pela eleição de Rueda como presidente e ACM Neto de vice. Para ser declarada vencedora, a chapa de Rueda precisaria de 70% dos votos do colegiado, ou seja, 29 apoiadores. Nas contas do grupo,portanto, ele tem três votos além do necessário.