O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, se manifestou nesta quarta-feira, 3, no plenário da Corte, sobre os 60 anos do golpe militar de 1964, fazendo “um breve registro para referenciar o marco histórico do dia 31 de março”. O ministro lembrou que “há 60 anos, o Brasil viu o Presidente da República (João Goulart) ser destituído do cargo, levando o país a 21 anos de regime autoritário”.
“Tratou-se, inequivocamente, de um golpe, porque esse é o nome que se dá em ciência política e em teoria constitucional à destituição do presidente por um mecanismo que não seja o previsto na Constituição”, declarou Barroso.
“Todos os que vivemos os dias difíceis deste país sabemos valorizar o que é viver em uma democracia constitucional. A democracia pode ser um regime político mais complexo porque exige negociações e concessões, ao passo que, no autoritarismo, é possível impor soluções de cima para baixo. Mas quem viveu processos autoritários sabe que, no fim do dia, os resultados são piores, a um custo muito maior”, concluiu o presidente do Supremo.