A Petra Energia contratou o Citibank para vender ativos da companhia, que enfrentou problemas de caixa a ponto de atrasar pagamento a fornecedores.
A Petra é dona de 48 projetos de exploração de petróleo e gás distribuídos por cinco bacias. Apenas em São Francisco, em Minas Gerais, a Petra investiu 500 milhões de dólares nas 23 concessões em busca do gás de xisto.
Roberto Viana, o controlador da empresa, tem algo em comum com o antigo dono da HRT, Marcio Mello, de quem foi sócio em 21 blocos na Bacia do Solimões (AM): investiu, investiu e investiu e encontrou muito pouco.
Mas as coincidências param por aí: Viana, que foi um grande amigo de Eduardo Campos, seu conterrâneo, e é muito próximo ao ministro Aloizio Mercadante, é discreto e avesso a fotografias. E aprecia filosofia e música clássica, ao contrário de Mello, mais talhado ao samba e às mulatas.
(Atualização, às 18h21. O presidente da Petra, Winston Fritsch, enviou o seguinte esclarecimento: A contratação dos serviços do Citibank teve o objetivo de estabelecer um diálogo com potenciais investidores internacionais como parte da estratégia de captação de recursos financeiros de longo prazo para a Petra. Não se cogitou a venda de nenhum bloco exploratório. Os substanciais recursos investidos pela Petra geraram importantes resultados, tendo sido notificadas à ANP nada menos do que 45 ocorrências de hidrocarbonetos em bacias onde a empresa opera ou originou a exploração, a maioria das quais é objeto de esforços continuados e crescentes de investimentos. Vale ressaltar que ativos cuja exploração foi iniciada pela Petra geram hoje mais de 30% de todo o gás natural produzido em terra no Brasil. Diferentemente do que foi informado na nota publicada hoje em sua coluna, a Petra Energia detém a concessão de 50 blocos em 5 bacias sedimentares brasileiras.)