Um conjunto de grampos inéditos enviado à CPI mista do Cachoeira revela a reação da mulher do bicheiro Carlinhos Cachoeira e das mulheres de seus comparsas na manhã de 29 de fevereiro deste ano, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Monte Carlo para prender o bando.
Por meio de rádios Nextel, a mulher de Wladimir Garcez conversa com a mulher de Claudio Abreu e com a mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça. Elas reclamam dos agentes federais, que desarrumaram suas casas para cumprir mandados de busca e apreensão, e analisam a prisão dos companheiros.
A mulher de Garcez (ela o chama pelo apelido de “paixão” nos grampos) é a mais nervosa e diz que pretende ir ao prédio da PF para tentar ajudar, mas é demovida da ideia pela mulher de Abreu, que alerta sobre o assédio da imprensa:
— Eu falei com o advogado agora e ele acha melhor não ir pra lá, para não aumentar o assédio da imprensa.
Em outro grampo, a mulher de Garcez fala então com Andressa, que pede calma e diz que “tudo vai dar certo”. A mesma confiança tem a mulher de Abreu, que também pede tranquilidade:
— O Carlinhos já deve estar se articulando.