A revolta de um ministro do Centrão com deputado que desejou morte de Lula

O ministro André Fufuca, do Esporte, condenou na manhã desta quarta-feira uma declaração feita pelo deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES) durante sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, na noite da última terça. Na ocasião, o parlamentar afirmou que quer que o presidente Lula morra e “vá para o quinto dos infernos”.

Segundo o ministro, que prestou solidariedade a Lula, a declaração não se insere dentro do conceito de “liberdade de expressão”.

“É revoltante ouvir um deputado, dentro do Congresso Nacional, desejar a morte do presidente da República. Isso não é liberdade de expressão — é crime, é barbárie. Toda solidariedade ao presidente Lula. O Brasil não pode tolerar o ódio como instrumento político”, disse em publicação no X, antigo Twitter.

Ainda nesta terça, a AGU solicitou à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República a adoção das providências cabíveis, incluindo uma possível investigação criminal, sobre as declarações de Gilvan da Federal.

No documento, a AGU informa que as declarações podem configurar, em tese, os crimes de incitação ao crime (art. 286 do Código Penal) e ameaça (art. 147 do Código Penal), merecendo apuração rigorosa pelos órgãos competentes.

• Advocacia Geral da União - AGU
• AGU
• Luiz Inácio Lula da Silva
• Ministério do Esporte
• PF - Polícia Federal
• Procuradoria-Geral da República (PGR)