O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), cobrou ações do governo federal para combater a infiltração de facções criminosas no Estado brasileiro por meio de participações em licitações com empresas de fachada e candidaturas nas eleições municipais deste ano.
Na reunião da CCJ nesta semana, o senador também disse que o Poder Executivo federal “não pode se omitir” diante de ameaças de uma facção criminosa no Acre que teria ameaçado o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), reeleito para o cargo no primeiro turno. O senador Marcio Bittar (União Brasil-AC) levou o caso ao debate na comissão.
“Precisamos de uma atitude enérgica do Estado contra esses movimentos de facções criminosas. (Houve) vários candidatos a prefeitos do Brasil, vários candidatos a vereadores, inclusive candidatos a vereadores, envolvidos em facções criminosas no Brasil, nesse período eleitoral”, afirmou o presidente da CCJ.
Alcolumbre prometeu levar o caso de Bocalom ao conhecimento do Ministério da Justiça e Segurança Pública e lembrou a declaração da presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, de que a participação de milícias e facções do tráfico de drogas nas eleições seria combatida com a firmeza que a situação requer.
“É um caso gravíssimo de um atentado à democracia brasileira quando as organizações criminosas impedem o candidato A de entrar em um bairro da cidade, a não ser que pague, ou liberam um candidato B, que é filiado a uma facção e que pode entrar para pedir voto”, disse Alcolumbre.