
A ANP realiza nesta quarta (20) uma audiência pública sobre transparência nos preços dos combustíveis.
E o tema causa discórdia dentro da própria agência.
O diretor-geral, Décio Oddone, recebeu um documento que observava que o mercado no Brasil é livre.
Concluía que o preço praticado pelas distribuidoras e revendedores na maior parte do período analisado acompanha os preços dos produtores.
Afirmava também que não existem elementos “para subsidiar análise com objetivo de apurar eventuais indícios de infração à ordem econômica”.
Só que Oddone pediu outra nota técnica à sua assessoria dias depois.
Recebeu em 19 de fevereiro um novo relatório que aponta assimetria na transmissão de preços. Esse documento sugere que “há falta de competição no setor de distribuição”.
Em reunião da diretoria no dia 28 de fevereiro, Oddone decidiu enviar as duas notas técnicas ao Cade e ao Ministério da Fazenda, o que levou dois diretores da agência a questionarem o chefe abertamente.
Atualização:
A ANP afirma que não há racha sobre preço dos combustíveis. E que as duas notas encaminhadas à reunião de diretoria estavam alinhadas, “tanto que a Proposta de Ação foi aprovada por unanimidade pelos quatro diretores presentes na reunião”.